Como nasceu?
Foi em meados da década de oitenta que se começaram a dar os primeiros passos para a criação de uma das Associações com maior sucesso a nível Nacional.
Portugal tinha acabado de entrar para a União Europeia, e urgia a modernização das estruturas de apoio à produção, uma vez que o desenvolvimento do sector leiteiro tinha que ser rápido e o apoio que o Estado poderia oferecer às organizações da lavoura e aos seus produtores não era suficiente para encarar os novos desafios.
Foi neste contexto, que a AGROS em 1987, criou o Departamento de Melhoramento Animal que concretizou uma viragem importante no desenvolvimento de serviços de apoio ao melhoramento genético do efectivo regional, através de protocolos estabelecidos com a Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho (DRAEDM), com as Cooperativas Agrícolas, suas associadas, e com a Associação Portuguesa de Criadores da Raça Frísia (APCRF) e a Ex-Direcção Geral de Pecuária (DGP).
Quem foi o Embrião da Associação?
O Departamento de Melhoramento Animal da AGROS, constituiu assim, uma espécie de embrião desta Associação, uma vez que deu os primeiros passos na ampliação do tratamento de dados, que era urgente, relativos ao contraste leiteiro, à identificação animal e aos registos dos animais inscritos no Livro Genealógico, por delegação da APCRF.
Apesar do excelente trabalho que aquele Departamento vinha desenvolver, no inicio da década de 90, era sentida, regionalmente, a ausência de uma estrutura sólida voltada para a prestação de serviços e que tivesse por um lado, um maior dinamismo e protagonismo a nível regional, e por outro lado, contribuísse fortemente para a consolidação de uma estrutura nacional.
Data da sua Criação:
Assim, em 1992 a AGROS com o apoio inequívoco do Estado, desenvolveu esforços para que se criasse uma Associação independente, cuja escritura pública se viria a fazer em 13 de Julho, nascendo assim a Associação para o Apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte, ABLN, e que iniciaria a sua actividade em 23 de Abril de 1993.
Quais foram os Sócios Fundadores?
Após a sua criação, a ABLN passou por um período de transição, conforme protocolado com o Ministério da Agricultura, onde nos seus órgãos sociais, para além da presença da AGROS e da APCRF também estava representado o Estado, através da então, Direcção Geral da Pecuária e das respectivas Direcções Regionais de Agricultura da área de actuação da recém criada Associação, Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes.
Acções desenvolvidas numa primeira fase:
Reflectindo uma nova visão técnica, cuja finalidade apontava para a consolidação das estruturas leiteiras competitivas, no âmbito do mercado europeu, destacamos algumas acções que a ABLN desenvolveu nessa 1ª fase:
»Ampliação do Contraste Leiteiro;
»Desenvolvimento do Livro Genealógico;
»Afectação dos Recursos Genéticos, com vista à Produção de Genética Própria;
»Desenvolvimento do Programa Nacional de Testagem de Jovens Reprodutores;
»Colaboração com as Associações das Raças Autóctones;
»Apreciação Genética dos Reprodutores Utilizados;
»Gestão da Informação Reprodutiva;
»Formação de Técnicos;
»Novas Tecnologias Reprodutivas;
Porquê uma Reestruturação em 1998?
Com a crescente maturidade da ABLN e das suas congéneres do Centro e do Sul do País, o Estado entendeu que seria o momento ideal para sair dos Órgãos de Decisão das Estruturas Regionais, na qual se incluía a ABLN, promovendo a criação de uma Estrutura Nacional, ANABLE, e subvencionando apenas as acções por estas desenvolvidas.
Assim, em 20 de Janeiro de 1998, a ABLN alterou os seus Estatutos, permitindo-se que as organizações que trabalham no campo, há vários anos, na área do melhoramento dos bovinos leiteiros fizessem parte activa desta Associação.
Este desafio foi aceite com agrado no seio das Cooperativas Agrícolas e a maior parte delas passaram a integrar os Órgãos Sociais. Com a saída definitiva do Estado e provisória da APCRF, a AGROS e as Cooperativas com contraste leiteiro, assumiram assim, integralmente a responsabilidade da gestão da ABLN, abrindo-se um novo ciclo de crescimento como instituição, seguindo sempre os objectivos a que se propôs atingir desde a sua génese – Contribuir para o melhoramento genético do efectivo leiteiro regional.
A partir deste momento, a ABLN vem desenvolvendo um vasto conjunto de acções que visam reforçar a sua estrutura interna o que tem permitido uma crescente especialização dos seus serviços e um aumento da capacidade de comunicação da ABLN com as Associadas e com os produtores de leite da região.